quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Entre dez pessoas que compram moto, quatro são mulheres

As mulheres estão comprando motocicletas para se locomoverem contribuindo para que esse mercado atinja um crescimento recorde, de 200% ao ano. Para acompanhar esse ritmo, as empresa que fabricam motocicletas, como a Dafra Motos, produziram uma média de 20 mil unidades no primeiro trimestre deste ano. Todas foram vendidas nesse período. A perspectiva é de vender 60 mil motos até o final do ano. A previsão do crescimento deste mercado é de 100% para os próximos cinco anos.

Queimando pneu na Midnight 

O Sindicato das Auto Moto Escolas do Estado de São Paulo registrou em 2002 que, das 169.252 carteiras de habilitação categoria A (para condutores de veículos de duas ou três rodas), 30.696 (18,13%) foram para condutores do sexo feminino. Em 2007, já essa participação subiu para 24% — o que equivale a 451.364 novas habilitações da categoria.

Um dos principais fatores, segundo a vendedora da Dafra Motos Kelly Nogueira, é o intenso tráfego que não pára de crescer, pricipalmente em São Paulo. "A cada dez pessoas que compram motos, quatro são mulheres. Elas compram, principalmente, para facilitar o transporte entre o trabalho, casa e faculdade. Eu mesma tenho uma. Sempre gostei de moto e agora, que lançaram novos modelos, já quero trocar a minha."

O gerente de Vendas da Dafra Motos, Ivan Laureano, também notou um crescimento considerável em relação a procura de motocicletas pelo público feminino. “Em nossas lojas, vendemos em média 60 motos por mês. Nesses últimos três meses, 20% dessas vendas foram para as mulheres”.

Para ele, essa procura está aumentando por dois motivos: a grande quantidade de veículos na rua e o design mais atraente e agradável às mulheres. “A motocicleta representa hoje uma grande praticidade. Para os homens ela já tinha essa função. Fica mais fácil ir para o trabalho e para à faculdade de moto. O interessante disso é que grande parte deste novo público nunca teve uma moto antes.”

Harley Davidson também tem público feminino

O modelo que mais faz sucesso entre as mulheres é a Custom, uma moto neoclássica. Isso por ter altura baixa, ser fácil de conduzir e apresenta um porte grande para a categoria. O valor da Custom de 150cc (cilindradas) gira em torno de R$ 5,7 mil.

Em segundo lugar vem a Scooter, escolhida por oferecer grande proteção à motorista, como cobertura do motor (o que evita o contato com a pele). Além disso, a moto é considerada da fácil manuseio, porque não é preciso trocar de marcha; tem suporte reto para os pés, o que favorece o uso de salto pelas mulheres; e tem um suporte embaixo do assento, que pode ser utilizado para guardar a bolsa, por exemplo. O preço dela é de aproximadamente R$ 6 mil.

Essas mulheres têm em média de 20 a 35 anos, e que muitas delas são casadas e mães de família. "Vendi esses dias uma moto para uma mãe que estava pensando na melhor forma de levar seu filho na moto", disse um vendedor.  

Kelly afirma que quase nenhuma venda é feita à vista. "Praticamente todas as nossas vendas são financiadas em 48 vezes sem entrada. Isso corresponde a quatro anos de prestações. O crédito facilitou muito as vendas.”

Scooter é uma boa opção

Acessórios - Outro setor que também está aquecido, por conta das motos, é o de acessórios. São 600 itens para mulheres, entre capacetes, capas de chuva, jaquetas, botas, entre outros apetrechos.

Eles podem ser encontrados em várias cores, principalmente em rosa. Porém, Ivan conta que as mulheres estão optando pelos mais escuros, como os pretos. “Elas não gostam muito de rosinha, mas é claro que tem as exceções. Eu vendi, em três meses, 40 motos para este público e apenas seis delas escolheram capacetes cor-de-rosa.”

Ivan fala que a loja investiu R$ 5 milhões na fábrica de motocicletas. “Estamos apostando muito nesse mercado feminino. Tanto que eu era gerente de uma corretora da Bovespa e larguei tudo para entrar neste segmento que está expandindo a cada dia. Não me arrependo.”

fonte: http://www.metodista.br
Imagens: Google imagens
Aline luiz e Janaina Teixeira

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